sábado, 28 de novembro de 2009

AS SUPERAÇÕES QUE OS PORTADORES DE NEE PRECISAM PASSAR PARA TEREM SEUS DIREITOS RESPEITADOS.


Para realizar uma atividade na disciplina de LIBRAS, tivemos que assistir o filme “meu nome é Jonas” , durante o filme eu partilhava toda a angustia que aquela mãe passava através das cenas. Pois sei que a inclusão de portadores de NEE na sociedade ou na escola é muito difícil. Para incluir na escola regular temos a "Lei Federal nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, art.24 do decreto nº 3.298/99 e a Lei nº 7.853/89 "a pessoa com deficiência têm direito à educação pública e gratuita e, preferencialmente, na rede regular de ensino, e, ainda, se for o caso, à educação adaptada às suas necessidades (BRASIL,1996), Só que na prática isso não acontece, ou seja, na escola, pois não há uma verdadeira inclusão dos sujeitos que têm necessidades educacionais especiais, isso eu sei muito bem,pois vivencio esta realidade com meu filho. Na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9394/96, em seu Capítulo V Da Educação Especial, Art. 58. Que diz : “Entende-se por educação especial, para os efeitos desta Lei, a modalidade de educação escolar, oferecida preferencialmente na rede regular de ensino, para educandos portadores de necessidades especiais". Também temos os direitos da criança e do adolescente onde deixa claro que ” A criança deve gozar dos benefícios da previdência social. Terá direito a crescer e desenvolver-se em boa saúde; para essa finalidade deverão ser proporcionados, tanto a ela, quanto à sua mãe, cuidados especiais, incluindo-se a alimentação pré e pós-natal. A criança terá direito a desfrutar de alimentação, moradia, lazer e serviços médicos adequados.
Direito à educação e a cuidados especiais para a criança física ou mentalmente deficiente. A criança física ou mentalmente deficiente ou aquela que sofre da algum impedimento social deve receber o tratamento, a educação e os cuidados especiais que requeira o seu caso particular. Direito ao amor e à compreensão por parte dos pais e da sociedade”. As leis repetem o direito que assiste a todo ser humano,mas não garantem direitos iguais. Sei das dificuldades que os pais de alunos surdos ou de NEE encontram para garantir a educação aos seus filhos, tenho acompanhado a filha de uma amiga e uma colega de escola com seus filhos, ambos alunos surdos, tentaram estudar na rede regular do ensino público, mas não tiveram o atendimento que a lei prevê e nada foi feito para mudar esta situação até que eles desistiram. Não adianta colocar uma pessoa surda dentro de uma sala de aula com mais 30 alunos e professores ouvintes , pensando que estamos incluindo, existem vários fatores que devem ser pensados. As experiências dos indivíduos com a linguagem usada ,LIBRAS ou a linguagem oral , o novo que será o convívio, entre as duas comunidades (surda e ouvinte), dos dois lados haverá uma situação nova, ou seja, para o ouvinte, a língua de sinais e para o surdo, a língua portuguesa. Por tanto, há necessidade de se criar um atendimento adequado,o intérprete ou a preparação do professor, para receber o aluno surdo na escola regular. Muitos pais de crianças surdas tentam ensinar a língua falada, por que pensam que seus filhos serão aceitos na sociedade como iguais e assim acabam colocando 'mascaras', pois aparentemente parecem ouvir, mas nem sempre entendem o que lhes é falado. Em muitas situações é preciso o uso de sinais para que o surdo consiga entender a mensagem. Então entendo que a língua de sinais não deve ser vista pelo professor como apenas um instrumento de trabalho, mas como parte da cultura da comunidade surda, sendo sua língua oficial. O professor deve auxiliar no aprendizado do indivíduo surdo utilizando a língua de sinais, se ao iniciar o trabalho de inclusão esta não for possível, utilizar todos os recursos de comunicação (não simultaneamente), para que a partir dos sinais e mímicas tenha-se a certeza de que o surdo entendeu a informação . Para concluir, deixo uma frase de uma escritora surda. "Utilizo a língua dos ouvintes, minha segunda língua, para expressar minha certeza absoluta de que a Língua de Sinais é nossa primeira Língua, aquela que nos permite ser seres humanos comunicadores. Para dizer, também, que nada deve ser recusado aos Surdos, que todas as linguagens podem ser utilizadas, a fim de se ter acesso à vida." Emmanuelle Laborit (1996)
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