sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Educação Infantil - 0 a 3 anosPrática pedagógica

Educação Infantil

0 a 3 anosPrática pedagógica

Sequência Didática

Jogo da memória com fotos das crianças

Conteúdo
Jogos

Objetivos
-Divertir-se com o jogo da memória
- Compartilhar de um mesmo jogo com o grupo de colegas
- Conhecer as regras do jogo da memória

Ano
Crianças entre 2 e 3 anos

Tempo estimado
Mínimo de quinze minutos e máximo de 30 minutos para cada situação de aprendizagem

Material necessário
Pares de cartões com fotos das crianças da turma, tamanho mínimo de 10X10
Cartolina ou papel mais resistente
Plástico adesivado para encapar

Desenvolvimento das atividades

1. Tirar fotos das crianças e imprimir cada uma duas vezes para confeccionar os cartões

Informar às crianças que as fotos estão sendo tiradas para confecção do jogo da memória. Recortar as fotos e colar na cartolina mostrando para as crianças conforme forem ficando prontas.

2. Apresentar o jogo

Em roda mostrar o jogo e organizar as peças para que as crianças vejam como se joga. Inicialmente propor o jogo da memória aberto (com as imagens voltadas para cima) e propor para que determinadas crianças encontrem os pares.
Deixar que as crianças manuseiem os cartões, sem pressa de que se apropriem das regras convencionais.

3. Organizar mesas com no máximo cinco crianças para que possam jogar o jogo em diferentes momentos

Levar outros jogos que as crianças já conheçam (ex. quebra cabeça, jogos de montar, quebra-gelo) e organizar grupos de crianças para jogá-los.
Caso haja mais de uma educadora na turma, uma pode dar apoio aos grupos que estiverem jogando os jogos já conhecidos, enquanto a outra fica na mesa do jogo da memória. Caso não haja outra educadora, organizar primeiro os grupos que jogarão os jogos já conhecidos.
Deixar que as crianças joguem sem fazer intervenções sistemáticas nas jogadas de cada uma. A educadora pode ser uma das participantes do jogo e servir como modelo para as crianças. Promover o rodízio das crianças para que a maioria jogue todos os jogos.

4. Garantir momentos na rotina semanal para que as crianças joguem o jogo da memória

Durante o período de recepção das crianças, no término do dia enquanto aguardam a chegada dos pais são boas opções para o contato com o jogo da memória

5. Criar novos jogos e variações do jogo da memória

Após o jogo tornar-se bastante conhecido, pode-se pesquisar variações do jogo da memória, tais como lince (um tabuleiro grande com imagens pequenas que as crianças devem procurar a partir de cartões com imagens duplicadas) .

Avaliação
Devem-se criar pautas de observação para analisar as diferentes maneiras como as crianças jogam e o grau de envolvimento de cada uma delas. A partir da análise das pautas o educador pode fazer os ajustes com relação ao grau de dificuldade do jogo, com isso propor novos desafios e variações.



Veja mais : http://revistaescola.abril.com.br/educacao-infantil/0-a-3-anos/jogo-memoria-fotos-criancas-427926.shtml

sábado, 28 de novembro de 2009

A ESCOLA ( Paulo Freire)

Educar é Construir Pontes

A Lei e sua aplicação no contexto atual.


No artigo al. 205 da Constituição Federal fica evidente que a educação é direito de todos
.”A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.”
Quando o artigo fala em pleno desenvolvimento, se refere a formação integral com direito à cultura, às práticas esportivas, à convivência social e ao cuidado com o meio ambiente. O indivíduo deve ser formado para exercer sua autonomia, onde poderá expressar-se livremente.
A lei parece perfeita, onde tudo é respeitado e garantido, mas ao entrarmos em contato com a realidade constatamos que não é bem assim que funciona. Temos alunos que não respeitam o patrimônio público,pais que passam toda a responsabilidade da educação de seus filhos para a escola e o Estado deixa sua responsabilidade nas mãos dos banqueiros, que passam a comandar a ditar regras dentro das escolas públicas.
Temos consciência de que o ser humano é um ser social, mas não podemos esquecer que precisa ser ensinado a viver em sociedade. A educação deve ter início na família, onde o indivíduo aprenderá a conter seus impulsos e a pensar no bem comum. A maioria das crianças que recebemos na escola chegam sem limites com o individualismo muito acentuado, pois a grande parte deles não possuem pais ou responsáveis que os orientem. Estas crianças crescem sem vinculo afetivo,pois seus pais saem pela manhã e os deixam em creches,quando chega a idade de freqüentarem a escola largam na escola e só aparecem para pegar os boletins, isto quando aparecem. Assim cabe mais esta responsabilidade ao educador, formar nos educandos uma consciência social. Os professores devem buscar novos métodos que possam ajudá-los nesta luta contra o individualismo e o caos social que estamos vivendo no momento,onde o que vale é “ser esperto “ é levar vantagem sempre. Os alunos devem ser estimulados a pensar, sem oprimi-los ou silenciá-los. O professor deve ter o diálogo como produção e transformação do significado de solidariedade, democracia e justiça social.Comênio que viveu numa época em que iniciava o capitalismo e se instalava a racionalização da atividade produtiva, foi uma voz solitária que dizia:"Devemos ensinar tudo a todos.Ensinar para a paz.Ensinar para transformar o mundo numa escola, para o progresso geral." Quem diria que este pedagogo viveu no século XVII, e com idéias e ideais tão atuais para o século XX?
...estar atento...

...inserir idéias...

...dialogar...



...ouvir opiniões dos outros...




...RESPEITAR É TUDO.

'

AS SUPERAÇÕES QUE OS PORTADORES DE NEE PRECISAM PASSAR PARA TEREM SEUS DIREITOS RESPEITADOS.


Para realizar uma atividade na disciplina de LIBRAS, tivemos que assistir o filme “meu nome é Jonas” , durante o filme eu partilhava toda a angustia que aquela mãe passava através das cenas. Pois sei que a inclusão de portadores de NEE na sociedade ou na escola é muito difícil. Para incluir na escola regular temos a "Lei Federal nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, art.24 do decreto nº 3.298/99 e a Lei nº 7.853/89 "a pessoa com deficiência têm direito à educação pública e gratuita e, preferencialmente, na rede regular de ensino, e, ainda, se for o caso, à educação adaptada às suas necessidades (BRASIL,1996), Só que na prática isso não acontece, ou seja, na escola, pois não há uma verdadeira inclusão dos sujeitos que têm necessidades educacionais especiais, isso eu sei muito bem,pois vivencio esta realidade com meu filho. Na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9394/96, em seu Capítulo V Da Educação Especial, Art. 58. Que diz : “Entende-se por educação especial, para os efeitos desta Lei, a modalidade de educação escolar, oferecida preferencialmente na rede regular de ensino, para educandos portadores de necessidades especiais". Também temos os direitos da criança e do adolescente onde deixa claro que ” A criança deve gozar dos benefícios da previdência social. Terá direito a crescer e desenvolver-se em boa saúde; para essa finalidade deverão ser proporcionados, tanto a ela, quanto à sua mãe, cuidados especiais, incluindo-se a alimentação pré e pós-natal. A criança terá direito a desfrutar de alimentação, moradia, lazer e serviços médicos adequados.
Direito à educação e a cuidados especiais para a criança física ou mentalmente deficiente. A criança física ou mentalmente deficiente ou aquela que sofre da algum impedimento social deve receber o tratamento, a educação e os cuidados especiais que requeira o seu caso particular. Direito ao amor e à compreensão por parte dos pais e da sociedade”. As leis repetem o direito que assiste a todo ser humano,mas não garantem direitos iguais. Sei das dificuldades que os pais de alunos surdos ou de NEE encontram para garantir a educação aos seus filhos, tenho acompanhado a filha de uma amiga e uma colega de escola com seus filhos, ambos alunos surdos, tentaram estudar na rede regular do ensino público, mas não tiveram o atendimento que a lei prevê e nada foi feito para mudar esta situação até que eles desistiram. Não adianta colocar uma pessoa surda dentro de uma sala de aula com mais 30 alunos e professores ouvintes , pensando que estamos incluindo, existem vários fatores que devem ser pensados. As experiências dos indivíduos com a linguagem usada ,LIBRAS ou a linguagem oral , o novo que será o convívio, entre as duas comunidades (surda e ouvinte), dos dois lados haverá uma situação nova, ou seja, para o ouvinte, a língua de sinais e para o surdo, a língua portuguesa. Por tanto, há necessidade de se criar um atendimento adequado,o intérprete ou a preparação do professor, para receber o aluno surdo na escola regular. Muitos pais de crianças surdas tentam ensinar a língua falada, por que pensam que seus filhos serão aceitos na sociedade como iguais e assim acabam colocando 'mascaras', pois aparentemente parecem ouvir, mas nem sempre entendem o que lhes é falado. Em muitas situações é preciso o uso de sinais para que o surdo consiga entender a mensagem. Então entendo que a língua de sinais não deve ser vista pelo professor como apenas um instrumento de trabalho, mas como parte da cultura da comunidade surda, sendo sua língua oficial. O professor deve auxiliar no aprendizado do indivíduo surdo utilizando a língua de sinais, se ao iniciar o trabalho de inclusão esta não for possível, utilizar todos os recursos de comunicação (não simultaneamente), para que a partir dos sinais e mímicas tenha-se a certeza de que o surdo entendeu a informação . Para concluir, deixo uma frase de uma escritora surda. "Utilizo a língua dos ouvintes, minha segunda língua, para expressar minha certeza absoluta de que a Língua de Sinais é nossa primeira Língua, aquela que nos permite ser seres humanos comunicadores. Para dizer, também, que nada deve ser recusado aos Surdos, que todas as linguagens podem ser utilizadas, a fim de se ter acesso à vida." Emmanuelle Laborit (1996)
Labels: LIBRAS

Contextualização do planejamento

Na interdisciplina de Linguagem precisávamos elaborar um plano de aula para um dia letivo ,que seria aplicado mais tarde. Temos visto o quanto é importante valorizar os conhecimentos dos alunos, principalmente do aluno EJA, como estou sem turma,não estava conseguindo contextualizar uma turma para elaborar o planejamento,então entrei na turma de EJA T1/T2 para passar um recado e eles lembraram-me da atividade que havia realizado com eles e a partir deste contexto consegui desenvolver o planejamento de uma aula.
O trabalho anterior foi de interesse para esses alunos , pois se sentiram entusiasmadas com a possibilidade de poderem expressar o seus conhecimentos, buscaram artigos, fotos, reportagem sobre os negros ilustres do nosso país, depois construiram um mural com as informações.
O aproveitamento real dessa atividade teve uma relação direta com o trabalho prévio de despertar nos alunos o interesse pela aprendizagem da língua escrita,relacionando com um assunto de interesse de todos. A partir disso as possibilidades de escrita e conhecimento foram se multiplicando,no entanto, o objetivo deste novo planejamento de um dia é de acrescentar conhecimentos de textos escritos com uma coesão entre o que ja conhecem e a possibilidade de aperfeiçoar a oralidade e a produção textual destes alunos, sendo que o texto escolhido “Racismo é burrice”, não é totalmente estranho a eles , facilitando uma interação com o material e permitindo aos alunos perceberem que seus conhecimentos podem ajudar uns aos outros. Também o projeto que esta sendo desenvolvido na escola sobre a consciencia negra não os deixa fora do contexto.

Alfabeto

Abcedário

Tabuada do Nove

Direitos da criança

Brincadeiras de Criança

Estudante cria jogo para integrar crianças deficientes

Mensagem tocante

Palavra Cantada - Música Pomar

Se a Vida Fosse um Sonho... Vídeo de Reflexão.

Rubem alves

EDUCAR - Rubem Alves

Letramento Definido em Forma de Poema


O que começa com A, abacate e avião O que começa com B, brincadeira e beliscão O que começa com C, cachorrinho e caminhão O que começa com D, dado, dedo, dói, dedão O que começa com E, elefante e empurão O que começa com F, faca, foca e feijão O que começa com G, gato, garfo e garotão O que começa com H, hot-dog e hamburgão A e i o u Ba be bi bo ó Ca ce ci co ó Da de di do ó O que começa com I, Ivo, índio e injeção O que começa com J, jacaré e jamelão O que começa com L, lagartixa e lampião O que começa com M, marmelada e macarrão O que começa com N, narizinho e narigão O que começa com O, olho, onze e oração O que começa com P, piniquinho, pinicão O que começa com Q, quarta, quinta, sexta não A e i o u Ba be bi bo ó Ca ce ci co ó Da de di do ó O que começa com R, rabanada e requeijão O que começa com S, sapo, sopa e salsichão O que começa com T, talharim e tubarão O que começa com U, urubu e não sei não O que começa com V, vaca, vela e violão O que começa com X, xixi, Xuxa e xuxuzão O que começa com Z, zero, zorro e zangadão Eu acho que já sabe ler Quem cantar essa canção

CENAS DE LETRAMENTO

alfabetização através de jogos

A CRIATIVIDADE É O SUPORTE PARA O SUCESSO!!!!!

PROVA BRASIL AJUDA A MELHORAR A ESCOLA DE SEU FILHO

A Copa do Mundo acontece de quatro em quatro anos, como as Olimpíadas. Em 2007, além do Pan-americano, mais um evento esportivo, tivemos outro grande acontecimento: a realização da Prova Brasil e do Saeb. Esse grande evento educacional ocorre a cada dois anos. A próxima aplicação acontece em 2009. Prova Brasil e Saeb são duas avaliações criadas para mostrar como está a educação em nosso País. E o melhor jeito para fazer isso é aplicar uma prova aos estudantes e saber o quanto eles estão aprendendo. Todos os estudantes de escolas públicas urbanas da 4ª e da 8ª série fizeram a Prova Brasil. Além desses, alguns estudantes dessas mesmas séries de escolas particulares, alguns de 3º ano do ensino médio e alunos matriculados em escolas rurais fizeram o Saeb. As notas dessas provas não entram no boletim escolar do seu filho. Isso porque a Prova Brasil e o Saeb não foram feitos para avaliar o aluno. A Prova Brasil visa a avaliar a escola e a qualidade da educação no município. Já o foco do Saeb são os sistemas educacionais (rede estadual, escolas privadas, escolas públicas) e os panoramas regionais. Mas mesmo não contribuindo para a nota, é muito importante que os estudantes participem. Porque se os professores, diretores, prefeitos e Ministério da Educação não souberem como está o aprendizado da garotada, não têm como ajudar a melhorar. A prova é aplicada na própria sala de aula. É fundamental que seu filho esteja presente e também é muito importante que ele responda às questões com dedicação. Ou seja, que ele ‘leve a sério’. Explique a ele que, com a Prova Brasil e com o Saeb, ele vai ganhar coisa mais importante que pontos no boletim: vai contribuir para a melhoria da educação. E vai ser beneficiado diretamente com isso. Educação não é tarefa só do professor. Todos nós temos que nos unir nesse esforço pois só com educação de qualidade o Brasil terá condições de oferecer melhores condições de vida a todos nós. Cada um faz sua parte. Nesse momento, sua parte é estimular seu filho a fazer essa prova bem feita. Semelhanças e diferenças A Prova Brasil e o Saeb são dois exames complementares que compõem o Sistema de Avaliação da Educação Básica. Para saber mais sobre o assunto veja o quadro comparativo abaixo e leia também a História da Prova Brasil e do Saeb. Dessa forma você vai entender melhor os pontos em comum e as diferenças entre as duas avaliações. Prova Brasil Saeb A prova foi criada em 2005. A primeira aplicação ocorreu em 1990. Sua primeira edição foi em 2005, e em 2007 houve nova aplicação. É aplicado de dois em dois anos. A última edição foi em 2005. Em 2007 houve nova prova. A Prova Brasil avalia as habilidades em Língua Portuguesa (foco em leitura) e Matemática (foco na resolução de problemas) Alunos fazem prova de Língua Portuguesa (foco em leitura) e Matemática (foco na resolução de problemas) Avalia apenas estudantes de ensino fundamental, de 4ª e 8ª séries. Avalia estudantes de 4ª e 8ª séries do ensino fundamental e também estudantes do 3º ano do ensino médio. A Prova Brasil avalia as escolas públicas localizadas em área urbana. Avalia alunos da rede pública e da rede privada, de escolas localizadas nas áreas urbana e rural. A avaliação é quase universal: todos os estudantes das séries avaliadas, de todas as escolas públicas urbanas do Brasil com mais de 20 alunos na série, devem fazer a prova. A avaliação é amostral, ou seja, apenas parte dos estudantes brasileiros das séries avaliadas participam da prova. Por ser universal, expande o alcance dos resultados oferecidos pelo Saeb. Como resultado, fornece as médias de desempenho para o Brasil, regiões e unidades da Federação, para cada um dos municípios e escolas participantes. Por ser amostral, oferece resultados de desempenho apenas para o Brasil, regiões e unidades da Federação. Aplicação em 2007: 5 a 20 de novembro. Aplicação em 2007: 5 a 20 de novembro. Parte das escolas que participarem da Prova Brasil ajudará a construir também os resultados do Saeb, por meio de recorte amostral. Todos os alunos do Saeb e da Prova Brasil farão uma única avaliação.

Senado aprova proposta que aumenta Orçamento para educação


Agência Senado
da Folha Online
O Senado Federal aprovou por unanimidade nesta quarta-feira a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) 96A/03 que reduz anualmente, a partir do exercício de 2009, o percentual da DRU (Desvinculação das Receitas da União) incidente sobre os recursos destinados à manutenção e ao desenvolvimento do ensino.
Criada em 1994 com o nome de Fundo Social de Emergência, a DRU permite à União retirar da área 20% dos recursos que, pela Constituição, teriam que ser destinados ao setor. Pela proposta, a alíquota que era de 20% cai para 12,5% no exercício de 2009 e 5% em 2010. Em 2011, não haverá mais a incidência da DRU na educação.
O ministro Fernando Haddad (Educação) --que acompanhou a votação--, afirmou que o Congresso corrige uma distorção do passado. Segundo ele, desde 1994, a educação vem perdendo cerca de R$ 10 bilhões por ano com a DRU.
"Fizemos as contas e a educação perdeu cerca de R$ 100 bilhões nesse período. Poderíamos ter formado todos os professores e matriculado todas as crianças na educação infantil", disse.
Embora o fim da desvinculação dos recursos para a educação só esteja previsto para ocorrer a partir de 2011, a PEC estabelece redução da DRU já em 2009 e 2010, liberando verbas extras de R$ 4 bilhões e R$ 7 bilhões, respectivamente.
Parte do valor poderia ser repassado a Estados e municípios, responsáveis pela oferta do ensino médio e da pré-escola, respectivamente.
O Orçamento da educação neste ano é de cerca de R$ 41 bilhões. A previsão para o próximo ano é que seja R$ 50 bilhões.
A PEC também torna obrigatório o ensino para crianças e jovens de 4 a 17 anos. Hoje, a obrigatoriedade abrange a faixa etária de 6 a 14 anos. Com isso, seriam acrescentados dois anos da pré-escola e o ensino médio. Durante a tramitação da proposta, a mudança da obrigatoriedade do ensino foi apoiada pelo Ministério da Educação. Pela Constituição, os pais e o poder público podem ser responsabilizados pelas crianças fora da escola.
De acordo com Haddad, os recursos da desvinculação serão investidos na universalização da pré-escola e do ensino médio. A matéria segue, agora, para promulgação.



Educação Infantil - 0 a 3 anosPrática pedagógica

Edição 219 | 01/2009

É tempo de brincar lá fora... Aproveite!

Em um espaço externo bem organizado, os pequenos trabalham a colaboração, aprimoram a capacidade motora e exploram a natureza

Bianca Bibiano (bianca.bibiano@abril.com.br)

NO JARDIM A horta no parque é uma boa opção para ampliar o contato com a natureza. Foto: Marcelo Almeida
NO JARDIM A horta no parque é uma boa opção para ampliar o contato com a natureza Foto: Marcelo Almeida

O verão chegou! Que tal aproveitar os dias ensolarados para ampliar o espaço das turmas de creche? As vantagens são muitas. Primeiro, porque as atividades fora de sala fazem bem para a saúde: o contato com o Sol ajuda na produção da vitamina D, necessária para a absorção do cálcio, que forma ossos e dentes. Segundo, porque no ambiente externo é possível proporcionar experiências ricas tanto para o conhecimento de mundo como para a formação pessoal e social – os dois pilares da Educação Infantil, segundo os Referenciais Curriculares Nacionais. Correndo, pulando, pintando, plantando, brincando com água e alimentando animais, os pequenos trabalham a socialização, aprimoram a capacidade motora e entram em contato com a natureza. Para isso, a área externa deve ser cheia de oportunidades.

Apesar de todo esse potencial, muitos docentes ainda encaram a hora do pátio como um momento de descanso, em que a criançada fica solta sem nenhuma orientação. Não é a melhor saída. “Para apresentar o máximo de propostas de aprendizagem, é preciso planejar”, explica Karina Rizek Lopes, formadora de professores e selecionadora do Prêmio Victor Civita – Educador Nota 10.

Antecipe as formas como os pequenos exploram o ambiente

Deve-se considerar, por exemplo, que todas as turmas são heterogêneas. Com isso em mente, uma boa iniciativa é realizar um mapeamento das práticas dos pequenos, investigando como eles interagem com o ambiente externo no dia-a-dia. Em seguida, pode-se fazer um exercício de imaginação, estabelecendo antecipações sobre como as crianças se relacionariam com as propostas que se pretende introduzir. Depois, ao conferir como elas se comportam de fato, o professor ajusta suas previsões à realidade. Manter um registro de como cada uma lida com o ambiente externo e com os colegas é o caminho para pensar nos passos seguintes. Tudo sem perder de vista algo essencial: é necessário incluir as atividades externas como parte da rotina da turma. Afinal de contas, é só por meio do contato intensivo que cada criança se familiariza com as novidades e faz descobertas por conta própria. Para garantir que todos avancem, o ideal é criar um espaço externo desafiador, com diversos ambientes e diferentes estímulos ao desenvolvimento sensóriomotor. A seguir, apresentamos sugestões de baixo custo para chegar lá.


Na areia

TANQUE O uso desse espaço pode ser incrementado com cavalinhos, bonecos e caixotes, estimulando ainda mais o faz-de-conta. Nos dias de calor, vale apostar na água, colocada em bacias para que as crianças percebam a diferença de consistência entre a areia seca e a molhada.

Cuidados Cobrir o tanque com lona à noite para protegê-lo da chuva e de animais, evitar a mistura de pedrinhas (que podem ser ingeridas) e limpar a areia com frequência – existem produtos específicos para isso.

Adaptação É possível propor as mesmas atividades no chão de terra ou usando caixas com areia.

No pátio

SALA DO LADO DE FORA Retirar objetos do espaço interno e transportá- los para o pátio transforma a relação com o espaço, criando brincadeiras, dando novo significado aos objetos e mudando seu uso convencional.

Cuidado Limpar todos os utensílios antes de retorná-los às salas.

Adaptação Se houver poucos brinquedos, pode-se levar livros e organizar rodas de leitura ao ar livre.

CUIDAR DE ANIMAIS A ideia é observar e alimentar os bichos. Durante essa atividade, pode-se detalhar características dos animais: tempo de vida, hábitos, se vivem em grupo etc.

Cuidados Todos os bichos devem ser acompanhados por um veterinário. Também é importante destacar alguém da equipe da creche para cuidar deles nos fins de semana e feriados.

Adaptação Caso não haja espaço para criações, pode-se optar por animais pequenos, como tartarugas de aquário, peixes e porquinhos-da-índia.

PINTURA EM AZULEJOS Em ladrilhos, é possível pintar, lavar e pintar de novo. O uso de rolinhos, esponjas, pincéis de diferentes espessuras, tintas de cores variadas ou produzidas com as crianças (com beterraba ou urucum, por exemplo) exercita a capacidade de expressão e coloca a turma em contato com a linguagem artística.

Cuidado Utilizar somente tintas atóxicas e pincéis de boa qualidade, que não soltem as cerdas com facilidade.

Adaptação Algumas peças de ladrilho ou mesmo uma placa de vidro podem ser colocadas num canto próximo a uma torneira, facilitando a limpeza.

No jardim

HORTA Cultivar diferentes vegetais é uma das estratégias para descobrir quais mudanças cada um deles apresenta ao longo do ano, que insetos mais atrai e que frutos e f lores dá. Também desenvolve a cooperação para realizar uma tarefa. Se um dos pequenos topar com minhocas, o professor pode colocá-las em um aquário de vidro para a turma examinálas melhor. Outra opção é distribuir lentes de aumento de plástico para que cada todos possam vê-las em detalhes.

Cuidado Prevenir o contato com insetos perigosos – especialmente lagartas, que podem gerar ferimentos. Da mesma maneira, o ideal é evitar espécies de plantas que causem alergias ou tenham muitos espinhos.

Adaptação Se não houver horta, plantase em vasos, f loreiras e até pneus. Outra opção é cultivar trepadeiras junto a muros e cercas, substituindo as árvores.

PIQUENIQUE Proporcionando interação entre as crianças e estimulando a autonomia para se alimentar, o piquenique serve também para ajudar a conhecer alimentos diferentes. Fazer salada de frutas ou gelatina com a turma é um ótimo incentivo para provar coisas novas.

Cuidado Atenção a formigas e insetos atraídos pela comida. E, para evitar problemas de saúde dos pequenos, é necessário investigar previamente possíveis alergias a alimentos.

Adaptação Na falta de gramado, podese estender uma toalha em qualquer espaço com sombra.

Na água

PISCININHA É interessante integrar outros utensílios à água, criando lavatórios de brinquedos ou laguinhos para minibarcos, por exemplo. Outros usos incluem fazer pequenas represas e canais escavados na terra. Produzir arco-íris, com a dispersão de gotas de água na luz solar, instiga a curiosidade e abre caminho para apreciar esse fenômeno da natureza.

Cuidado Secar as crianças para evitar resfriados. Isso pode ser feito também aproveitando o ambiente externo – em esteiras, enquanto o professor lê histórias para a turma.

Adaptação Uma alternativa é usar baldes, mangueiras e acessórios de borrifar, vendidos em lojas de jardinagem.


Veja mais no site: http://revistaescola.abril.com.br/educacao-infantil/0-a-3-anos/tempo-brincar-la-fora-427161.shtml

Prefeitura prepara pacote para aumentar vagas em escolas

06/11/2009 -
Prefeitura prepara pacote para aumentar vagas em escolas
A Prefeitura de São Paulo prepara um pacote de novas escolas para aumentar as matrículas e diminuir o número de alunos por sala, segundo os repórteres Fábio Takahashi, Evandro Spinelli e Anna Carolina Cardoso publicada na edição desta sexta-feira da Folha (íntegra disponível para assinantes do UOL e do jornal).
Kassab corta vagas no ensino infantil; há 28 mil na espera
De acordo com o texto, o pacote ainda pretende acabar com o chamado "turno da fome" (período entre a manhã e a tarde, feito em escolas localizadas em áreas com deficit de vagas). Também estão previstas 42 novas unidades de pré-escolas (hoje são 460) e 59 de ensino fundamental (hoje são 488). Parte dessas escolas serão "mini-Ceus".
As obras devem custar R$ 800 milhões, e a secretaria afirma que há garantia do prefeito Gilberto Kassab (DEM) de que haverá verbas suficientes. A previsão é que todas as unidades de pré-escola sejam entregues em 2011.
A Prefeitura de São Paulo reduziu em 17 mil o número de matrículas oferecidas para crianças da pré-escola (queda de 5%) nos últimos dois anos. Atualmente, existem 28,5 mil crianças na fila de espera. Faltam vagas em 92 dos 96 distritos da cidade.


sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Cidades brasileiras mudam estratégias de alfabetização

Folha de S.Paulo, no Rio
Logo que assumiu, na escola municipal Azevedo Sodré (zona norte do Rio), a responsabilidade de acelerar a alfabetização de 20 alunos com dificuldades, a professora Consuelo Baduê pediu que eles escrevessem bilhetes no mural com seus compromissos.
Uma das alunas da turma, de 10 anos, escreveu assim sua promessa: "Não xigrar as professoras e não jogra lixo no xão". Os bilhetes continuam pendurados no mural, mas os alunos, aos poucos, já começam a identificar os erros.
"Outro dia, esta aluna me chamou a atenção, dizendo que tinha percebido que escrevera chão com xis", conta ela.
A novidade neste ano na rede municipal do Rio foi a aplicação, no início do ano letivo, de um teste para identificar os alunos com necessidade de reforço urgente na alfabetização.
Em cada escola, eles estão sendo agrupados em turmas menores e passaram a utilizar metodologia do Instituto Ayrton Senna, que capacitou os professores para trabalhar com seu material didático.
Consuelo conta que uma das vantagens da metodologia é que os alunos passaram a ter uma rotina fixa de trabalho. "Se eu deixo de dar uma atividade, eles me cobram", diz.
Ainda não foram feitas avaliações externas na turma para verificar se houve melhorias. O que as mães mais têm verificado é o aumento do interesse pela leitura. "Percebi que meu filho passou a ler mais", diz Rosenilda Oliveira, mãe de Jeferson, 9. Mesmo relato fez Aline Azevedo, mãe de Ana Carolina, 9. "Todo dia ela leva um livro para casa e faz os deveres."
Estratégias
Outras redes que já elaboraram seus diagnósticos a partir de avaliações próprias ou da Provinha Brasil também tiveram que reforçar as ações de alfabetização de crianças.
No Distrito Federal, por exemplo, a decisão foi dobrar o número de centros de referências de alfabetização, escolas-modelo que criam uma equipe própria para ajudar outras unidades a melhorar seus indicadores. "Cada equipe é responsável por ajudar de sete a oito escolas", diz Fábio Pereira, gerente de ensino fundamental.
Em Belo Horizonte, Sérgio Eustáquio da Silva, da gerência de avaliação e políticas educacionais, diz que a estratégia foi aumentar o quadro docente.

terça-feira, 24 de novembro de 2009


Programa de Alfabetização do Governo Aécio tem avaliação positiva

Publicado em 29 October 2009 por Minas em Pauta
Em Minas Gerais, todos os alunos de oito anos de 80,5% das escolas estaduais sabem ler e escrever com autonomia. Há três anos, este índice era de 44%. Esses números foram apresentados nesta quarta-feira (28) pelo coordenador do Centro de Políticas Públicas e Avaliação da Educação (Caed), da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Wellington Silva. O Caed é a instituição que realiza a análise externa do Programa de Avaliação da Alfabetização (Proalfa) da Secretaria de Estado de Educação.
Para a secretária de Estado de Educação, Vanessa Guimarães Pinto, o desafio agora é diagnosticar e desenvolver estratégias específicas para o avanço das quase 20% das escolas que ainda não alcançaram este resultado.
O Programa de Avaliação da Alfabetização (Proalfa) é realizado pelo Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Educação (SEE). O programa faz parte do Sistema Mineiro de Avaliação da Educação Pública (Simave) e foi desenvolvido por meio da parceria entre a SEE, o Centro de Políticas Públicas e Avaliação da Educação (Caed), da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), e o Centro de Alfabetização, Leitura e Escrita (Ceale), da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
A avaliação do Proalfa identifica os níveis de aprendizagem em relação à leitura e à escrita dos alunos e é parte da estratégia da SEE para alcançar a meta de que em Minas toda criança saiba ler e escrever até os oito anos de idade. Os testes são anuais e aplicados em todos os alunos das redes estadual e municipais nas escolas urbanas e rurais e identifica o nível de aprendizado de cada aluno. O intervalo entre a aplicação dos testes e o resultado possibilita ações de intervenção na aprendizagem.
A avaliação é censitária para os alunos do 3º ano (8 anos de idade) e amostral para os do 2º e 4º anos. A censitária é uma avaliação nominal, que identifica o nível em que se encontra cada aluno e possibilita intervir em sua aprendizagem de forma pontual e individualizada, se necessário. A amostral produz indicadores de alfabetização para subsidiar o processo de intervenção pedagógica na escola.
Minas Gerais ainda é o único estado do país que avalia os níveis de alfabetização dos alunos das redes públicas estadual e municipais, anualmente, de modo universal, incluindo os alunos das áreas rurais. Em 2009, todos os municípios aderiram ao Proalfa. O Estado é precursor na construção de instrumentos de avaliação testados e aperfeiçoados, cujos resultados estão aptos a serem utilizados pelos gestores e professores na melhoria do processo de alfabetização.
Realizado pelo quarto ano consecutivo, o Proalfa se consolida como um poderoso instrumento de políticas públicas transformadoras na área de Educação já que permite mapear exatamente onde estão localizados o sucesso e o fracasso dos alunos por rede, por município e por escola.
Resultados do Proalfa
O universo de alunos avaliados aumentou. Na rede estadual a participação geral dos alunos do 3º ano passou de 81% em 2008 para 91,1% em 2009. Efetivamente, participaram 117.391 alunos da rede estadual de ensino neste ano. No ano passado foram 112.604 estudantes, o que representa um crescimento de 4,3% de alunos avaliados.
As redes municipais apresentaram grande aumento no percentual de participação dos alunos com a adesão das escolas dos municípios de Betim, Contagem e Juiz de Fora que não participaram das edições anteriores do Proalfa. A rede municipal aumentou em 20,3% o número de alunos avaliados no período de 2008-2009. Ao todo, participaram 314.316 alunos da rede pública de ensino (estadual e redes municipais) do Proalfa/2009.


Ano Taxa de alfabetização (%)
2000 83.3
2001 83.3
2002 83.3
2003 86.4
2004 86.4
2005 86.4
2006 86.4
2007 88.6
2008 88.6
2009 88.6

 

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

O menino que queria ser uma televisão


Senhor
fazei de mim um aparelho de televisão
para que meus pais me tratem como o televisor.
Para que olhem prá mim com o mesmo interesse
com que olham para a tela  de TV, especialmente
quando minha mãe assiste À novela favorita e o meu pai o esporte predileto.
Eu quero falar como aqueles homens,
pois quando eles falam, toda a familia fica em silêncio para ouvir o que eles têm a dizer.
Eu gostaria de ver a mamãe se admirar de mim como ela se admira quando vê a última moda na novela.
Eu gostaria que meus pais me dessem tanta atenção quanto ao televisor.
Quando este não funciona, imediatamente chamam um tecnico para consertá-lo.
Eu gostaria de ser um televisor e assim ser o melhor amifo e a pessoa mais importante para meus pais.
Oh, Pai do Céu, se tu me transformasses em um televisor eu poderia ser feliz.

A alfabetização do seu filho pode ficar mais divertida com um iPhone

Um aplicativo que ensina brincando a reconhecer, pronunciar e desenhar as letras do alfabeto em inglês está fazendo sucesso nos Estados Unidos

Aline Moraes

 Reprodução
Um iPhone permite que você, além de ligações, faça uma infinidade de coisas, como organizar sua agenda (e não esquecer eventos da escola), ver e-mails, tirar fotos e gravar vídeos da sua família... Com tantos recursos num só aparelho, não é de espantar que ele possa até fazer parte do processo de alfabetização de seu filho. E pode mesmo.

Nos Estados Unidos, um aplicativo chamado ABC Animals está fazendo sucesso entre os pais para ajudar as crianças a reconhecer, pronunciar e desenhar as letras do alfabeto em inglês. Os cartões são animados e interativos, e ensinam esses primeiros passos com a ajuda de desenhos de animais. Além dos brinquedos e livros de abecedário que já existem, essa pode ser mais uma forma de fazer do conhecimento das letrinhas uma brincadeira, nessa fase incrível em que seu filho está aprendendo a ler.

O aplicativo (que só está disponível em inglês) também é compatível com iPod Touch e pode ser baixado por $0,99 dólares.


FONTE:  site CRESCER Notícias - disponível em http://revistacrescer.globo.com/Revista/Crescer/0,,EMI89509-15153,00.html

Turmas de alfabetização reúnem histórias de vontade e garra - 12/11/2009 17:50:00

Com o acesso a leitura e a escrita, milhares de vidas vem sendo transformadas com o Programa Paraná Alfabetizado, ao longo dos seus cinco anos de existência. Esse programa tem servido de estímulo para que pessoas de várias idades, que tiveram negado o sonho de frequentar a escola.

Em Cornélio Procópio, Norte do Estado, em uma turma de aproximadamente 15 alunos, com idade entre 21 e 80 anos, lições de vida são aprendidas diariamente, segundo a professora Laura Aparecida Molina de Souza. Há apenas cinco meses no programa, ela se diz realizada. “Sempre atuei na educação infantil e não tinha a idéia de quanto é valioso essa troca de conhecimentos. É uma emoção diferente daquela quando a criança aprende algo, pois a gente sabe que esse é o percurso natural das coisas, agora quando essas pessoas experientes aprendem algo, é uma alegria muito grande para mim.”

Laura conta que todos são alunos dedicados, interessados e dificilmente faltam às aulas. Eles frequentam a escola quatro vezes por semana. Elza Maria Soares, 69 anos, mãe de sete filhos e avó de 14 netos, participa há dois anos do Paraná Alfabetizado. Seu pai era professor, mas ela nunca pode sentar num banco escolar. “Eu e meus irmãos nunca pudemos ir para a escola, era proibido. Ele dizia que tínhamos que trabalhar que não era preciso estudar.”.

Hoje, Elza está cada vez mais feliz e motivada. Ela recebeu na igreja o convite para ingressar no programa e não se arrepende. “Tenho aprendido muito, hoje sei os números, as letras, consigo escrever meu nome, faço compras com tranquilidade”, relata contente.

PATRÕES – João Antonio da Silva, 59 anos, mecânico de profissão, nunca teve a oportunidade de estudar. Foi com o incentivo dos patrões que hoje ele sabe ler e escrever. “Comentei com a minha patroa que queria muito poder estudar, pois tinha vergonha de não saber nem escrever meu nome. Também que queria muito saber ler, até para me aprofundar na minha profissão que se atualiza dia a dia. Então com a ajuda dela entrei no programa. O incentivo deles foi muito importante pra mim, eles acreditaram que eu podia”, contou.

Segundo dados do Censo Populacional do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2000, havia no Paraná aproximadamente 649 mil pessoas com mais de 15 anos que não sabiam ler e escrever. Hoje, mais de 347 mil pessoas já passaram pelo processo de alfabetização nos 399 municípios paranaenses. Ou seja 53% da população que se dizia analfabeta no Paraná em 2000 já passaram pelas mais de 21 mil turmas de alfabetização do programa. Programa coordenado pela Secretaria de Estado da Educação que tem como parcerias a Associação dos Municípios do Paraná (AMP), União dos Dirigentes Municipais de Educação do Paraná (Undime), prefeituras e organizações governamentais e da sociedade.

Outro exemplo de cidadã que está tendo sua vida transformada é o da dona de casa Nilza de Oliveira, de 68 anos. Há dois anos no programa, ela é uma das alunas mais aplicadas e já está preparada para frequentar as salas da Educação de Jovens e Adultos – EJA.

ESPECIAL – Já dona Léia Silva Lucas, 45 anos, também aluna há dois anos está a cada dia mais motivada. Ela que tinha um pouco de conhecimento hoje está muito contente com tudo o que aprendeu e muito feliz em poder participar das aulas na companhia do seu filho Adriano.

Adriano tem 21 anos e é aluno com necessidades especiais. Frequenta pelas manhãs a Apae onde é assistido e assessorado por profissionais qualificados e, à tarde, frequenta a sala de aula com sua mãe e diversos colegas. Para a mãe, as atitudes do filho têm mudado bastante depois de ele ingressar no programa. “É muito bom vir à escola e trazer o Adriano, sinto a cada dia o esforço dele em querer aprender, sem contar com o convívio com as demais pessoas, isso sem dúvida é muito importante para o desenvolvimento dele”, contou.

Exemplos como esses só são possíveis através de empenho, dedicação e parcerias. Por isso o Paraná com o intuito de mobilizar a população para as ações de alfabetização de jovens, adultos e idosos, criou a Caravana da Alfabetização, que percorre os municípios do estado instigando a população a se engajar no programa. A Caravana tem como objetivo conscientizar a população sobre a importância de alfabetizar as pessoas que ainda não sabem ler e escrever, pois esses são direitos básicos e elementares da cidadania.

FONTE:  Agência Estadual de Notícias Estado do Paraná - disponível em http://www.aenoticias.pr.gov.br/modules/news/article.php?storyid=52123

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Dia 8 de setembro, dia mundial da Alfabetização

Publicado: quinta, 06 de setembro de 2007 as 15:17h

A alfabetização consiste no aprendizado do alfabeto e de sua utilização como código de comunicação. A alfabetização de um indivíduo promove sua socialização, já que possibilita o estabelecimento de novos tipos de trocas simbólicas com outros indivíduos, acesso a bens culturais e a facilidades oferecidas pelas instituições sociais. A alfabetização é um fator propulsor do exercício consciente da cidadania e do desenvolvimento da sociedade como um todo.
Há 11 anos, na Conferência Educação para Todos, na Tailândia, a Unesco se comprometia a diminuir os índices mundiais de analfabetismo. A cada ano, governantes de todo o mundo discutem os caminhos para erradicar o analfabetismo. Hoje, apesar da situação ter melhorado, cerca de 25% de adultos e jovens dos países em desenvolvimento e pobres ainda são analfabetos, o que corresponde a cerca de 900 milhões de pessoas. De acordo com o IBGE, existem no Brasil cerca de 15 milhões de analfabetos com 15 anos ou mais, o que representa 11,8% da população.
A alfabetização é um forte instrumento de inclusão social e é um fator determinante de mudança e um instrumento prático de poder no que respeita às três vertentes principais do desenvolvimento sustentável: o desenvolvimento econômico, o desenvolvimento social e a proteção do ambiente.
A experiência e os estudos efetuados mostram que a alfabetização pode ter um papel essencial na erradicação da pobreza, no aumento das possibilidades de emprego, na promoção da igualdade entre os sexos, na melhora da saúde familiar, na proteção do ambiente e na promoção da participação democrática. Um meio familiar alfabetizado favorece muito o desenvolvimento da criança, tendo um impacto positivo na duração da escolarização das moças e dos rapazes, bem como no modo como adquirem os conhecimentos.
Durante os últimos anos, numerosos programas de alfabetização foram mais claramente orientados para as necessidades locais, especialmente privilegiando o desenvolvimento comunitário e a proteção do ambiente. Essas abordagens procuram enriquecer os cursos de alfabetização, ultrapassando as funções básicas da leitura e da escrita para incluírem competências da vida diária e o conteúdo correspondente.
Tal como a aprendizagem ao longo da vida, a alfabetização está no centro do desenvolvimento sustentável. Contudo, estima-se que, atualmente, o número de analfabetos ronde os 800 milhões de adultos, dos quais cerca de dois terços são mulheres. Calcula-se ainda que mais de 100 milhões de crianças não freqüentem a escola. É evidente que o apoio dado à alfabetização está ainda longe de responder às necessidades existentes.
Neste Dia Internacional da Alfabetização lembremos que a alfabetização para todos é uma parte integrante da educação para todos e que esses dois aspectos se revestem de uma importância crucial para a realização de um desenvolvimento realmente sustentável para todos.
A alfabetização consiste no aprendizado do alfabeto e de sua utilização como código de comunicação. A alfabetização de um indivíduo promove sua socialização, já que possibilita o estabelecimento de novos tipos de trocas simbólicas com outros indivíduos, acesso a bens culturais e a facilidades oferecidas pelas instituições sociais. A alfabetização é um fator propulsor do exercício consciente da cidadania e do desenvolvimento da sociedade como um todo.Há 11 anos, na Conferência Educação para Todos, na Tailândia, a Unesco se comprometia a diminuir os índices mundiais de analfabetismo. A cada ano, governantes de todo o mundo discutem os caminhos para erradicar o analfabetismo. Hoje, apesar da situação ter melhorado, cerca de 25% de adultos e jovens dos países em desenvolvimento e pobres ainda são analfabetos, o que corresponde a cerca de 900 milhões de pessoas. De acordo com o IBGE, existem no Brasil cerca de 15 milhões de analfabetos com 15 anos ou mais, o que representa 11,8% da população.
A alfabetização é um forte instrumento de inclusão social e é um fator determinante de mudança e um instrumento prático de poder no que respeita às três vertentes principais do desenvolvimento sustentável: o desenvolvimento econômico, o desenvolvimento social e a proteção do ambiente.
A experiência e os estudos efetuados mostram que a alfabetização pode ter um papel essencial na erradicação da pobreza, no aumento das possibilidades de emprego, na promoção da igualdade entre os sexos, na melhora da saúde familiar, na proteção do ambiente e na promoção da participação democrática. Um meio familiar alfabetizado favorece muito o desenvolvimento da criança, tendo um impacto positivo na duração da escolarização das moças e dos rapazes, bem como no modo como adquirem os conhecimentos.
Durante os últimos anos, numerosos programas de alfabetização foram mais claramente orientados para as necessidades locais, especialmente privilegiando o desenvolvimento comunitário e a proteção do ambiente. Essas abordagens procuram enriquecer os cursos de alfabetização, ultrapassando as funções básicas da leitura e da escrita para incluírem competências da vida diária e o conteúdo correspondente.
Tal como a aprendizagem ao longo da vida, a alfabetização está no centro do desenvolvimento sustentável. Contudo, estima-se que, atualmente, o número de analfabetos ronde os 800 milhões de adultos, dos quais cerca de dois terços são mulheres. Calcula-se ainda que mais de 100 milhões de crianças não freqüentem a escola. É evidente que o apoio dado à alfabetização está ainda longe de responder às necessidades existentes.
Neste Dia Internacional da Alfabetização lembremos que a alfabetização para todos é uma parte integrante da educação para todos e que esses dois aspectos se revestem de uma importância crucial para a realização de um desenvolvimento realmente sustentável para todos.

 Disponível em :
http://www.jornalpontofinal.com.br/507/dia-8-de-setembro-dia-mundial-da-alfabetizacao

SONS DO ALFABETO

Diagnóstico na alfabetização inicial

segunda-feira, 16 de novembro de 2009


Indicações interessantes


Nosso blog gostaria de indicar alguns bons endereços para satisfazer os curiosos de plantão, entreter com qualidade a garotada, etc...

http://www.tvcultura.com.br/aloescola/infantis/brincarebom/index.htm
 (Recursos educativos para estudantes e professores)

http://www.otempo.com.br/hotsites/ortografia/
http://www.otempo.com.br/hotsites/superdotados/
http://leonor_cordeiro.blog.uol.com.br/ (O mundo encantado de Cecília Meireles)

Bichinho Diferente!


Leitura: Um objeto de Aprendizagem

Leitura: Um objeto de Aprendizagem

Para a leitura se tornar um objeto de aprendizagem efetivo é necessário que tenha sentido para o aluno e que, nela, ele possa reconhecer diferentes propósitos sociais: ler para informar-se, ler para escrever, ler para resolver problemas práticos, ler pelo prazer de descobrir outros mundos, ficcionais ou não. Sabe-se que, para cada uma dessas modalidades, determinados processos de leitura são acionados. Num texto informativo, o leitor seleciona aquilo que deseja saber; numa leitura por prazer, poderá centrar-se nos fatos mais do que nas descrições, suprimir trechos ou reler aqueles que considere especiais, apropriando-se do texto segundo a sua vontade e ritmo pessoal.
Portanto, ler é mais do que decodificar mecanicamente o sistema de signos. No ato de ler, o leitor atribui significados ao texto para poder compreendê-lo, e o faz, via de regra, a partir de experiências anteriores. Essas experiências podem ser adquiridas em diversas situações, inclusive em leituras anteriores. Daí a importância de criar oportunidades para que as crianças tomem contato com variadas linguagens, tanto verbais quanto não-verbais. 
 
Texto de: Regina Carvalho e Vera Regina Anson
"A grande aventura" - Alfabetização
 

 
 
 

O Bom professor!

Li esse texto no site:
e resolvi postar aqui os trechos que achei ser de grande importância.

Como identificar o bom professor


O bom professor é didático

Todo aluno é capaz de aprender. E todo professor deve ser capaz de ensiná-lo. "De nada adianta um profissional cursar a melhor faculdade, mas não ter didática, paciência e sensibilidade para respeitar o tempo e as diferenças de cada aluno", diz a secretária do MEC, Maria do Pilar Lacerda. O professor deve se valer de técnicas que viabilizem a aprendizagem das crianças.

"Os alunos têm tempos diferentes de absorção de conteúdo, cabe ao professor perceber as dificuldades e a individualidade dos estudantes e assim desenvolver métodos de acessar cada um", explica Catarina Greco, orientadora educacional do Coluni. Isso, junto ao respeito e a atenção direcionada que o professor pode tranqüilizar os alunos que têm mais dificuldade de aprendizado e fazer com que o desempenho deles melhore a longo prazo.

Produzir materiais individuais, incentivar que os alunos se ajudem entre si e oferecer exercícios de reforço são alguns dos recursos que o professor pode utilizar para que nenhum aluno fique para trás e assim igualar o nível da turma.


O bom professor motiva e inspira seus alunos

"A maior bandeira que um professor de qualidade levanta é a relação que tem com seus alunos", diz a secretária do MEC Maria do Pilar Lacerda. Uma relação positiva entre o docente e o estudante faz toda a diferença no aprendizado. Sentir-se confortável e seguro diante do professor é estimulante para qualquer um.

Receptividade, paciência, sensibilidade, atenção e respeito são essenciais. "A forma de conduzir os alunos, acompanhá-los, de respeitar as diferenças, ter um bom relacionamento com pais e interesse pelos estudantes favorecem a aprendizagem, assim como a empatia e a disponibilidade, desde que isso não comprometa a autoridade do professor, o que também é importante", explica Catarina Greco, orientadora educacional do Coluni.

O bom professor estimula a curiosidade

A curiosidade impulsiona o conhecimento, já que instigados por um determinado assunto, os alunos passam a se interessar mais, buscar novas informações e tirar dúvidas, o que promove o debate e beneficia a aprendizagem. Os alunos devem se sentir bem e à vontade na escola para expressar a curiosidade. A maneira com a qual o professor lida com dificuldade dos alunos é de fato determinante para a aprendizagem, uma vez que inibidos para tirar as dúvidas, as questões não solucionadas se acumulam e consequentemente atrasam e comprometem o desempenho.

"Bons professores brotam de alunos que indagam, que questionam, o que sem dúvida são ótimos caminhos para a aprendizagem. O professor que não responde e se incomoda com estudantes que perguntam demais não passa de um burocrata, ele dá a matéria e pronto, o que de maneira alguma é o ideal", opina Maria do Pilar Lacerda.



Leia na íntegra: http://educarparacrescer.abril.com.br/aprendizagem/professor-qualidade-504747.shtml

domingo, 15 de novembro de 2009

Crianças aprendem a ler e escrever na areia da praia !!!



A professora Kátia Correia, do Maranhão, usou placas, receitas e cardápios dos restaurantes para alfabetizar sua turma de 1ª série. E as crianças da comunidade praiana de Araçagi entenderam o sentido da leitura e da escrita

"Bar do Neto", avisa a placa. Lá dentro, os pequenos "clientes" trazidos pela professora nota 10 Kátia Regina Reis Correia, se sentam e olham atentos o cardápio. Pescada, anchova, tainha, siri, camarão, caranguejo... A lista inclui o nome de peixes e crustáceos conhecidos das crianças — filhas de empregadas domésticas, pescadores e barraqueiros que também trabalham na praia. Assim começam a leitura. A praia de Araçagi, em Paço do Lumiar, a 18 quilômetros da capital maranhense, é um dos cenários escolhidos por Kátia para alfabetizar seus alunos. A professora sai da Unidade Integrada Y Juca Pirama, onde leciona, e vai para a orla ensinar mais que sons e grafia de letras e fonemas. A areia faz as vezes de caderno e um graveto vira lápis. Ali, atenta a diferentes textos, a turma aprende como a leitura e a escrita fazem parte do cotidiano.
Quando passou a aproveitar os escritos disponíveis na comunidade, Kátia percebeu que os resultados de seu trabalho melhoraram. "Antes eu não tinha experiência em alfabetização. Me apoiava no uso da cartilha e o número de repetentes só crescia", lembra.

A mudança de estratégia veio depois de muito estudo e de conversas com a irmã, também professora. Além dos letreiros e cardápios, as toadas de bumba-meu-boi, muito conhecidas pelo povo maranhense, também começaram a embalar as aulas de Kátia. E a escrita, que até então não tinha nenhum significado para a garotada, começou a fazer todo o sentido.
Plano de aula Placas, receitas, cantigas... Tudo vira material didático

Objetivos

A meta era alfabetizar de maneira eficaz a turma de 1ª série e assim diminuir os índices de fracasso escolar. Para isso, Kátia utilizou os escritos que estavam à disposição no entorno da escola. Todos os textos, de alguma forma, faziam parte da vida da garotada. Com isso, a professora promoveu a apropriação da língua escrita de forma significativa. Enquanto alfabetizava a classe, Kátia mostrava a importância de ler e escrever na sociedade da qual todos lá fazem parte. A variedade de situações verdadeiras que a professora maranhense propôs envolvendo a escrita proporcionou a valorização da comunidade.

O fio condutor do trabalho desenvolvido por Kátia foi o modo de vida da comunidade de Araçagi. Uma de suas primeiras providências foi selecionar diferentes textos, todos relacionados ao cotidiano da garotada. "Essa é uma estratégia que favorece a aprendizagem", ela avisa. Assim, os nomes de bares da praia, barcos, pratos dos cardápios, placas de carros e outdoors passaram a fazer parte das atividades propostas à turma. O material de trabalho incluía também parlendas, toadas de bumba-meu-boi, quadrinhas, adivinhações, trava-línguas, frases de pára-choques de caminhão e receitas de pratos típicos do litoral maranhense.

Quando a professora começou a colocar a garotada em contato com esses escritos não disse o que eram ou o que significavam. Para Kátia, é importante que os estudantes, mesmo sem saber ler, tentem desvendar os textos. "Cada um formulava a sua hipótese e, com as minhas intervenções, fazíamos uma 'leitura'", recorda. Atividades desse tipo eram desenvolvidas tanto em classe como na praia.

As crianças estudavam a estrutura de diferentes tipos de texto. Além de compreender as mensagens, elas também observaram a disposição das frases no papel. No início, as atividades escritas eram coletivas. Nesses momentos, a professora fazia as vezes de escriba, organizando e redigindo as idéias que a meninada ia dando livremente. A principal função dessa prática era levar a classe a perceber como acontece a organização de um texto. Ao mesmo tempo, os estudantes começavam a identificar letras, sílabas e palavras.

As produções escritas indicam as dificuldades de cada aluno

Nas produções de texto individuais, cada um colocava no papel seus pensamentos e sentimentos sobre temas sugeridos por Kátia ou pelos próprios estudantes. Ao analisar as escritas espontâneas, a professora podia avaliar em qual nível de desenvolvimento estava cada um deles. Em novas propostas de trabalho, ela verificava onde estavam avançando e em que ainda precisavam melhorar.

Exercícios desse tipo eram rotina e logo foi possível pedir que os alunos lessem e escrevessem sozinhos, mesmo que isso não acontecesse de forma convencional. À medida que trabalhava os textos sobre temas locais e levava a turma às aulas-passeio, Kátia promovia paralelamente a valorização do espaço em que todos viviam.

Acompanhamento constante garante o sucesso da turma

Kátia preparou uma pasta para cada aluno e lá foi arquivando todas as redações produzidas durante o ano. Assim, ela acompanhou o desenvolvimento individual e atuou de forma diferenciada para solucionar dificuldades específicas. As dúvidas eram trabalhadas ainda durante atividades em grupo.

Os estudantes foram, aos poucos, elaborando suas hipóteses de escrita, melhoraram a capacidade de expressão oral e conheceram a diversidade de textos que estava ao seu redor. A professora escolheu bem os materiais escritos que utilizou, pois eles tinham um nível de complexidade adequado à idade das crianças. Além disso, ao colocar a garotada em contato com informações de diversas áreas do conhecimento, Kátia soube explorar temas variados sem perder o foco na alfabetização. E assim acabou o fracasso generalizado na 1ª série. No início de 2003, a turma de Kátia tinha 41 alunos não-alfabetizados. No final do ano, 39 sabiam ler e escrever.

Fonte : A Nova Escola - site

Quem conta um causo aprende a ler !!!!



O suspense dos contos de assombração ajudou a professora Rosany a dar continuidade à alfabetização de sua turma de 2 ª série e a resgatar as histórias contadas pela comunidade....

  Quem conta um causo aprende a ler !!!!

Medo, arrepios, suspense e calafrios. Essas foram algumas das expressões usadas pelos alunos de 2ª série da Escola Municipal de Educação Infantil e Ensino Fundamental Associação da Paz, de Paragominas (PA), para caracterizar os contos de assombração. Essas narrativas, assustadoras e cativantes, fizeram parte das aulas de Língua Portuguesa das crianças durante o primeiro semestre do ano passado. Disposta a dar continuidade à alfabetização da turma iniciada em 2004, a professora Rosany de Fátima Silva Guerreiro, 31 anos, escolheu os causos de arrepiar contados pelos pais e pelos familiares dos alunos como tema de seu projeto. A professora, que leciona há 14 anos, se inspirou em atividades que ela mesma vivenciou durante o programa de formação Escola que Vale - mantido pela Companhia Vale do Rio Doce em parceria com a Secretaria Municipal de Educação de Paragominas. Rosany propôs diversas situações para que os alunos se apropriassem da linguagem escrita e oral. Cada aluno teve contato com pelo menos uma dezena de livros do gênero, produziu cinco reescritas, elaborou um caderno de contos e participou de sarau literário com colegas de outras turmas e de outra escola.

Passo-a-passo e metodologia :

1. A Leitura e a escolha dos contos:

Os momentos em que Rosany lia histórias de assombração para a turma eram de puro encantamento e magia. Essa atividade marcava o início de um processo que se repetiria várias vezes durante o projeto. Atenta aos detalhes, a garotada começou a perceber as características específicas desse tipo de narrativa (contos de assombração nunca começam com "era uma vez...", mas com "certa noite", "em um local tenebroso" ou algo tão assustador quanto). Rosany anotou as observações e as colocou em um cartaz. Foi enriquecedor também quando ela pediu aos estudantes para contar em quais momentos sentiram mais medo e de que forma ele se manifestou. Como o corpo reagiu às situações assustadoras? O coração bateu mais rápido? Os olhos se arregalaram? "Isso foi importante para que eles identificassem e descrevessem as emoções", analisa Rosany. Depois de nomear e escrever na lousa todas aquelas sensações, a professora solicitou que, coletivamente, eles fizessem o reconto oral, enquanto ela transcrevia esse novo texto.

2. Correção coletiva

Quando os alunos já estavam familiarizados com as novas palavras e com a história, Rosany entregou uma cópia do conto original a cada um para que acontecesse a leitura compartilhada. Nesse momento, a turma acompanhava no papel a leitura em voz alta da professora. Depois, cada um fez a própria reescrita. Desses textos individuais, a professora escolheu alguns para a revisão coletiva. Ela copiava um na lousa e as crianças davam palpites: alguns sugeriam palavras mais adequadas às situações narradas; outros percebiam erros ortográficos ou de concordância. Durante essa atividade, Rosany chamava a atenção para a estrutura narrativa e para a pontuação correta, ressaltando sempre a intenção do autor. Depois, todos liam e copiavam o texto revisado. Esse processo foi realizado com diversas histórias. Além de servir de escriba para os pequenos em produções coletivas, Rosany também organizou a classe em duplas em vários momentos para que os já alfabetizados escrevessem o texto elaborado pelos que ainda não dominavam a linguagem escrita.

3. Produção e apresentação

Durante o projeto, os alunos fizeram contato com as demais turmas e também com outra escola para chamá-las para o sarau literário. Escolhido o público, vez ou outra o grupo parava a atividade de reescrita e redigia um bilhete para os convidados contando como andava o projeto e o que estava sendo preparado para o evento. Rosany ensaiou várias vezes com os estudantes os contos que seriam apresentados. Nessas ocasiões, ela analisou a clareza da fala e a entonação, o ritmo e a seqüência dos fatos narrados. No dia do sarau, não faltaram fantasmas, mulas-sem-cabeça, sacis, esqueletos e muitos balões pretos na decoração do palco. As crianças, seguras do que estavam falando, conseguiram até botar medo nos colegas que assistiram à apresentação.

"Era uma vez... O maravilhoso mundo dos contos de fadas e seu poder de formar leitores "






O bicentenário do escritor infantil Hans Christian Andersen é uma boa oportunidade para explorar a fantasia das crianças com histórias clássicas como O Patinho Feio e O Soldadinho de Chumbo....


Era uma vez um garoto pobre e feio que queria ser ator. Uma de suas poucas alegrias era assistir histórias populares encenadas pelo pai, que era sapateiro, em um teatrinho feito de papelão. Quando o pai morreu, o sonho do menino ficou mais distante, já que ele teria que sustentar a família. Um dia, o garoto partiu para bem longe e passou fome e frio até conhecer um homem que pagou seus estudos e viagens pelo mundo. O menino não se tornou ator, mas ficou rico e famoso escrevendo histórias infantis.

A vida do dinamarquês Hans Christian Andersen (1805-1875) daria um conto de fadas. E rendeu muitos, pois em cada narrativa escrita por ele há um pouco de suas tristezas e alegrias, como em O Patinho Feio. Ele é autor de cerca de 160 contos e seis romances, além de poesias e de uma autobiografia. Sua obra foi traduzida para mais de 100 línguas.

A genialidade de Andersen está na leveza, na poesia e na melancolia com que trata o sofrimento infantil. Os escritores que o antecederam, como o francês Charles Perrault (1628-1703) e os irmãos alemães Jakob (1785-1863) e Wilhelm Grimm (1786-1859), apenas registravam no papel as histórias já contadas oralmente pelo povo, como Chapeuzinho Vermelho. Andersen é definitivamente o primeiro escritor infantil. O aniversário de 200 anos do autor é uma oportunidade de desenvolver um projeto de leitura na escola e de explorar as características dos contos de fadas — gênero literário que dá ao leitor oportunidade de encontrar significado para a vida.

É fácil reconhecer um conto de fadas. Animais que falam, fadas madrinhas, reis e rainhas não podem faltar, assim como a introdução "era uma vez". As narrativas se passam em um lugar distante — "muito longe daqui" — e têm personagens com nomes comuns ou apelidos, como João e Chapeuzinho Vermelho. Esses elementos facilitam a memorização e tornam a narrativa apropriada à oralidade. "No conto maravilhoso, o leitor é transportado para um mundo onde tudo é possível: tapetes voam e galinhas põem ovos de ouro. Essa é a magia da fantasia", explica Lilian Mangerona Corneta Rotta, mestre em literatura pela Universidade Estadual Paulista.


"  Fantasia ajuda a formar a personalidade" 

A literatura infantil surgiu somente no século 17, com a descoberta da prensa. As histórias infantis e os contos populares, no entanto, existem desde que o ser humano adquiriu a fala. Há notícias de histórias antigas na África, na Índia, na China, no Japão e no Oriente Médio — como a coleção de contos árabes As Mil e Uma Noites. "A fantasia é um mecanismo inventado pelo homem na era medieval para superar as dificuldades da vida real", conta Katia Canton, especialista em contos de fadas pela Universidade de Nova York.
Algumas histórias tratam de temas que fazem parte da tradição de muitos povos e apresentam soluções para problemas universais. "É o caso de O Pequeno Polegar. O personagem representa o desejo de vingança do mais fraco contra o mais forte", afirma Lilian. Os pequenos se identificam com os heróis e experimentam diversas emoções. Que criança não fica com medo ao imaginar o Lobo Mau devorando a Vovozinha? Ou odeia a bruxa quando ela prende Rapunzel na torre?

Para a escritora Ana Maria Machado, os contos de fadas pertencem ao gênero literário mais rico do imaginário popular. "Essas histórias funcionam como válvula de escape e permitem que a criança vivencie seus problemas psicológicos de modo simbólico, saindo mais feliz dessa experiência."

A idéia foi difundida após a divulgação dos estudos do psicólogo austríaco Bruno Bettelheim (1903-1990). Para ele, nenhum tipo de leitura é tão enriquecedor e satisfatório do que os contos de fadas, pois eles ensinam sobre os problemas interiores dos seres humanos e apresentam soluções em qualquer sociedade. Ou seja, a fantasia ajuda a formar a personalidade e por isso não pode faltar na educação. "A criança aumenta seu repertório de conhecimentos sobre o mundo e transfere para os personagens seus principais dramas", diz a terapeuta Mariúza Pregnolato Tanouye, de São Paulo.

Uma obra é clássica e referência em qualquer época quando desperta as principais emoções humanas. O que os pequenos mais temem na infância? A separação dos pais; e esse drama existencial aparece logo no começo de muitas histórias consideradas referências na literatura. Para Bettelheim, a agressividade e o descontentamento com irmãos, mães e pais são vivenciados na fantasia dos contos: o medo da rejeição é trabalhado em João e Maria, a rivalidade entre irmãos em Cinderela e a separação entre as crianças e os pais em Rapunzel e O Patinho Feio.

A leitura das histórias no passado tinha mais um propósito muito claro: apontar padrões sociais para as crianças. O objetivo das moças ingênuas era encontrar um príncipe, como mostrado em A Bela Adormecida e Cinderela. Em A Polegarzinha, de Andersen, a recompensa final da protagonista, Dedolina, também era o casamento. Já garotas desobedientes, como Chapeuzinho Vermelho, deparavam com situações dramáticas, como enfrentar o Lobo Mau. Essa história tinha forte caráter moral na sociedade rural do século 17: camponesas não deviam andar sozinhas. "Isso mostra como os contos serviam para instruir mais que divertir", afirma Mariúza.
 
""' Medo e morte devem fazer parte dos conto" 
 Por que histórias de reis e rainhas e de moçoilas à espera de um príncipe ainda fazem sentido hoje em dia? "Os contos são um patrimônio da humanidade. Eles foram escritos em outra época e a criança consegue compreender isso. Clássicos são clássicos porque se perpetuam, e as obras infantis devem ser respeitadas como a literatura para adultos", diz Katia Canton. Ela explica, no entanto, que as histórias mudam de acordo com a cultura e a época. Canibalismo e incesto, por exemplo, foram retirados de histórias antigas. Na versão original de Chapeuzinho Vermelho, o Lobo devora a Vovó e a própria Chapeuzinho, e o Caçador não existe. A vida da menina foi poupada na versão dos irmãos Grimm.

Especialistas afirmam que a tendência de retirar o mal, o medo e o castigo das narrativas é forte atualmente. "As mudanças de enredo apaziguam as emoções que precisam ser vividas. Não é saudável evitar que as crianças enfrentem os conflitos", lembra Katia. Assim, é possível usar e abusar de filmes que recontam A Bela e a Fera e O Patinho Feio, por exemplo, mas é preciso apresentar primeiro as obras que mais se aproximam dos originais. Um critério é escolher livros traduzidos por um escritor conhecido. Fazer paródias, promover uma visão crítica dos temas tratados e indicar a época em que as novas versões foram escritas ajudam a garotada a refletir.

Para Marisa Lajolo, professora da Universidade de Campinas, o mais importante é que pais e professores se sintam confortáveis ao contar uma história. "Todos os estudiosos do assunto afirmam que as crianças gostam de violência. Aliás, um dos prazeres da arte, para crianças e adultos, parece ser exatamente a sensação de viver por empréstimo grandes aventuras, grandes amores e... grandes crueldades também!"
 
"  Leitura também para adolescentes"  
 
No Instituto Educacional Stagium, em Diadema (SP), os contos de fadas fazem parte das atividades diárias na Educação Infantil e são explorados com criatividade pelos professores. Um tapete mágico, confeccionado com retalhos pelos próprios alunos, sinaliza que é hora de a professora Maristela Aparecida Martins de Paiva contar histórias. Assim que ela coloca o tapete no chão, a turma senta ansiosa ao seu redor. "É importante criar esse universo de magia e curiosidade para facilitar o mergulho das crianças nas histórias." A atividade é completada com a moldura mágica. Toda semana, um livro é apresentado aos pequenos aos poucos, com muito suspense. A cada dia, a professora mostra uma página e pede para as crianças adivinharem a história pela ilustração. Só na sexta-feira Maristela lê a obra inteira. Os pais também participam do projeto: oficinas de leitura de histórias acontecem nas reuniões para que eles aprendam a proporcionar aos filhos esses momentos de magia.

Os contos de fadas não devem ficar restritos às séries iniciais. Na adolescência, esse tipo de leitura contribui para a formação de alunos leitores e críticos. Na Escola Novos Caminhos, em Santos (SP), alunos de 5ª a 8ª série também lêem os contos durante as aulas. Ada Priscila da Silva, professora de Língua Portuguesa, pede para cada aluno levar um livro de casa e relembrar momentos de leitura com os pais. "Eles se emocionam e contam fatos significativos vividos em família e proporcionados pela leitura. É um estímulo para os estudos de literatura." Quais personagens mais marcaram a vida dos jovens? Os alunos respondem e justificam as escolhas com uma redação. Os campeões são o Lobo Mau, o Soldadinho de Chumbo, Branca de Neve e Cinderela — os adolescentes traçam um paralelo com os políticos atuais e com as cobranças dos padrões sociais.

Anexos:


Obras que não podem faltar na escola

CONTOS DE PERRAULT, tradução de Fernanda Lopes de Almeida, 88 págs., Ed. Ática, tel. (11) 3990-2100, 15,90 reais

HISTÓRIAS MARAVILHOSAS DE ANDERSEN, tradução de Heloisa Jahn, 120 págs., Ed. Companhia das Letras, tel. (11) 3707-3500, 38 reais

OS CONTOS DE GRIMM, tradução de Tatiana Belinky, 288 págs., Ed. Paulus, tel. (11) 3789-4000, 54 reais

OS TRÊS PORQUINHOS, tradução de Ana Maria Machado, 32 págs., Ed. Melhoramentos, tel. (11) 3874-0644 , 16 reais

RAPUNZEL, tradução de Maria Heloisa Penteado, 16 págs., Ed. Ática, 15,90 reais

Os mais famosos contos de Andersen

O Isqueiro Mágico (1835)
Um soldado encontra um isqueiro mágico que realiza todos os seus desejos. Depois de perder tudo o que ganhou, ele faz um novo pedido e, rico, passa a ajudar os pobres. É o primeiro livro escrito pelo autor dinamarquês.

O Soldadinho de Chumbo (1838)
O protagonista é um boneco de uma perna só. Após passar por muitas aventuras nas mãos de crianças, ele se apaixona por uma boneca bailarina. Mas é jogado em uma lareira junto com sua amada. Trata-se do primeiro conto totalmente criado por Andersen. A história não tem um final feliz.

O Patinho Feio (1843)
Um pato feio e desengonçado é rejeitado pela família por ser diferente. Ele foge e descobre que é na verdade um belo cisne. É a história que representa de maneira mais explícita a vida do autor. A ilustração ao lado foi feita em 1847 por Vilhelm Pedersen, que ilustrou diversos contos de Andersen.

A Pequena Vendedora de Fósforos (1846)
No último dia do ano, uma menina perambula pelas ruas frias de uma cidade. Ela tenta vender fósforos para se sustentar, mas acaba acendendo todos, um a um, para se aquecer. É considerado um dos contos mais tristes da literatura infantil. Andersen se inspirou na infância da mãe para escrevê-lo.


Fonte: http://homolog.novaescola.abril.com.br/lingua-portuguesa/alfabetizacao-inicial/maravilhoso-mundo-contos-fadas-423384.shtml